terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A mulher, o amante e Cª. Lda


Ontem, pela primeira vez após ter enviado 357.000 respostas a anúncios, fui chamada para uma entrevista. Eu já sabia que não me interessava pois trata-se de uma área que eu não domino e não gosto: vendas porta a porta de uma empresa conhecidérrima de telecomunicações (não digo qual é apenas que é uma empresa bubbly e cor de laranja eheheheheh). Mas, como nestas coisas há que treinar e treinar e treinar achei que era importante ir à entrevista para desenferrujar.
Não me tinham avisado que era entrevista de grupo. Quando lá cheguei mandaram-nos entrar para uma sala onde nos sentámos numa mesa juntamente com o responsável dos RH e um responsável da marca. Éramos 8 e após termos sido "presenteados" com a habitual apresentação institucional ("somos os mlehores", "dominamos o mercado", "somos competitivos", "trabalhar connosco é o mááááááximo"... e o blá blá blá do costume) foi-nos proposto o seguinte desafio:


Uma jovem mulher casada, desprezada pelo marido muito ocupado com a profissão, deixa-se seduzir e vai passar a noite a casa do seu sedutor, que se situa no outro lado do rio.Para voltar a sua casa na madrugada seguinte, antes do marido regressar de viagem, ela tem de atravessar novamente a ponte. Mas um louco ameaçador impede-lhe a passagem.Tenta então encontrar um barqueiro que a passe. Este exige pagamento imediato. Ela não tem dinheiro, explica-lhe a situação e suplica-lhe. No entanto, ele recusa-se a trabalhar sem ser pago adiantadamente. Vai então ter com o seu amante e pede-lhe dinheiro. Este recusa, sem dar explicações.Decide então, depois de uma nova e vã tentativa junto do barqueiro, atravessar a ponte. O louco mata-a.

O objectivo é, individualmente, colocarmos por ordem decrescente quem, de entre os personagens (mulher, marido, amante, louco e barqueiro) é mais responsável pela morte da mulher. Após definirmos a nossa lista deveremos discuti-la em grupo e chegar a uma lista que reúna o consenso geral.
Ora bem, não foi a primeira vez que tive contacto com este texto (aliás a primeira vez que falei com o Celso foi numa formação em que discutimos este texto e devo dizer que foi a nossa primeira discussão pois não concordávamos com as explicações um do outro eheheheheh) e por isso tinha uma opinião mais ou menos formada. O problema foi que o meu grupo de trabalho era composto por:
- 8 pessoas
- 5 mulheres e 3 homens
- 2 mulheres casadas e com filhos, acima dos 30 (eu e outra!)
- Os restantes membros do grupo tinha entre os 19 e 21 anos, sem experiência de nada.
O consenso não existiu e eu creio que não foi a melhor solução para um grupo com aquelas características.

Nevertheless, deixo-vos aqui as minhas escolhas e gostava que partilhassem as vossas. Pode ser que no sabemumacoisa se consiga chegar a uma plataforma de entendimento.

1º (mais culpado) - Amante ---- Seduziu uma mulher casada e não lhe deu o apoio devido quando esta mais precisou.
2º - Mulher ---- Colocou-se nesta situação e desencadeou todos os acontecimentos
3º - Barqueiro ---- Não teria obrigação dado que não era próximo da vitima mas tem a obrigação moral de socorrer quem se encontra em perigo. A mulher suplicou a sua ajuda!
4º - Louco ---- Embora seja o autor do crime, sendo louco não terá discernimento, para distinguir o certo do errado. Se ninguém passasse na ponte ele não iria matar!
5º (menos culpado) - Marido ---- Ainda que pudesse estar a negligenciar a mulher, poderia não se ter apercebido de que o fazia ao ponto de a sua "jovem esposa" arranjar companhia "fora de portas".

Que vos parece? Concordam?

Pssst: Quero polémica pessoal!!!




    
        

Perdoe-me Dra. Joana porque eu pequei!


Comi uma destas e soube-me a... bolo de aniversário com recheio de doce de ovos e cobertura de massapan... inteiro!!!
Pequei mas soube-me tããããããããooooooo bem!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A minha geração

Não gosto de rotulos e que me "metam no mesmo saco" que outras pessoas com as quais partilho apenas a época em que nascemos. Não acredito que existam duas pessoas iguais por isso não acredito que existam pessoas com ideias iguais. Podem partilhar interesses e algumas ideias mas a maneira como transmitem essas mesmas ideias é diferente, logo, é uma ideia diferente.
A maneira como decido viver a minha vida é da minha inteira responsabilidade e de acordo com os valores que acho correctos ou que, por algum motivo, fazem sentido para mim. Por isso, não gosto que me julguem pelo que tenho ou não tenho, pelo o que faço ou pelo que decido não fazer ou até mesmo pelas palavras que não digo por preferir fazê-lo dessa forma.
Sou combativa à minha maneira. Tenho a minha maneira de me revoltar. A revolução começa em mim, assim como começa em cada um de vocês, mas a maneira como a decidem mostrar ao Mundo é escolha vossa. O mesmo se passa comigo, é escolha MINHA.
Considero que posso ser um pouco passiva e um pouco ingénua mas, talvez, tenham sido decisões que fui tomando ao longo da vida (consciente e inconscientemente) como forma de me proteger das coisas que, de alguma forma, perturbam a minha maneira de viver a vida.
Não fui criada com berros nem com bofetões. Não me lembro de ficar de castigo ou que me tivessem sido retirados benefícios por uma ou outra coisa "menos bem feita". E continuo a acreditar que a melhor maneira de resolver situações de conflito é o diálogo. Se há necessidade de sobrepor a voz à de outra pessoa então não existe uma conversa mas uma discussão.
A minha geração já foi apelidada de muitos nomes (nem sempre os melhores) mas eu acredito que todos nós, se dermos, um pouco que seja, do que temos de bom conseguiremos fazer algo diferente.
Eu acredito na minha geração para provocar grandes mudanças só espero que sejam as certas...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A minha (pequena) grande artista

GRAÇAS A DEUS, e a todos os santinhos, a minha Madalena não herdou os meus dotes para desenho e trabalhos manuais. Surpreende-me a cada dia que passa com os desenhos que faz e o seu interesse por este tipo de expressão. Deixo-vos aqui dois exemplares que acho A-B-S-O-L-U-T-A-M-E-N-T-E geniais.


Adoro a maneira como preenche a folha e fiquei fascinada com as 3 figuras do lado direito.


Este foi inspirado na história do S. Valentim

"O Valentim era um padre que não queria lutar. Ele casava pessoas. Um dia este (o do lado esquerdo) queria lutar mas o Valentim não queria. Eles não ouviram os passos. Estes dois (os do meio) conseguiram fugir mas o Valentim não. E morreu."

Eu sei que sou suspeita mas fico babadissima... E por isso partilho isto com vocês.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentine's Day

Acho que desde sempre eu sonhei com príncipes e princesas e com o "viveram felizes para sempre". Quando era pequenina imaginava o que seria estar apaixonada. Olhava para os meus pais e pensava que quando fosse grande queria casar com uma cópia do meu pai. Por isso, durante muitos anos, ele foi o meu Valentim.
Fui crescendo e percebendo que não há duas pessoas iguais e que, portanto, seria pouco provável que encontrasse um amor à imagem e semelhança do meu pai.
Mas, num reino (mais ou menos) distante esperava-me o meu cavaleiro. Eu não sabia que ele existia mas, hoje, tenho a certeza que me estava destinado. Foi preciso deslocar-me 300km para o encontrar mas, assim que o conheci, eu soube que o meu "viveram felizes para sempre" tinha chegado.
Já não sou uma menina pequenina por isso já não acredito que as pessoas são perfeitas, mas consigo agora perceber que as pessoas podem ser perfeitas umas para as outras. Eu encontrei a minha metade da laranja e não vejo um futuro sem ser ao seu lado. Completamo-nos e isso é o mais importante. Amamo-nos e isso é fundamental. Mas acima de tudo aceitamo-nos e esse é o ingrediente secreto do nosso Amor.
O Celso é o meu marido, o meu amante, o meu melhor amigo, o pai da minha filha, o meu companheiro, o meu pilar e sei que juntos formamos uma dupla imbatível.
Combinámos que este dia era apenas mais um dos 364 dias dos namorados que comemoramos todos os anos mas, mesmo assim, aqui fica o registo (eheheheheheh).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Happy cold feet!


Que está frio toda a gente sabe. Nós sabemos e sentimos mas somos um pouco distraídos e ontem esquecemo-nos, por completo, de ligar os aquecedores nos quartos antes de nos deitarmos... BIG MISTAKE! HUGE MISTAKE! De modos que quando entrámos no quarto não conseguíamos parar de bater o dente de tanto frio que tínhamos. Ainda que com 1 cobertor e 2 edredons em cima de nós nada fazia parar o frio que se fazia sentir naquele quarto. Parecia mesmo que o frio da massa polar tinha vindo dormir cá a casa... Sem ser convidado!! HOW RUDE!!!
A meio da noite a lindona que dorme no quarto ao lado começou a tossir e a choramingar. Levantei-me para a aconchegar e reparei que o quarto estava gelado. Coitadinha da minha menina ali sozinha... Levei este sentimento para a cama enquanto voltava a bater o dente mais 557.000 vezes. Fiz o "choradinho" ao pai e ele lá autorizou que a fosse buscar. De maneiras que esta noite a família Happy Feet dormiu aconchegada, agarradinhos uns aos outros e ... Foi tão bom!!!

Vou pôr um reminder no telemóvel para ver se hoje consigo dormir num clima tropical!

News on the way...


Não posso (nem quero) adiantar muito mas sinto que a minha vida está a mudar. Aos poucos ganho pulso e sinto que é possível assumir (novamente) o controlo de mim mesma. Assim que puder dar mais pormenores darei com todo o prazer mas, até lá, fiquem na expectativa... Ahahahahahahah (isto é o meu riso de bruxa!).

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ai que vontade de responder à letra




egoísta (e-go-ís-ta)
adj.s. m. e s. f.  Que ou o que só se preocupa com os seus próprios interesses


Quem me conhece sabe que se há coisa que eu não sou é egoísta. Por vezes peco por ser exactamente o contrário. Hoje fui ao supermercado e estacionei o carro no parque. Eu DETESTO estacionar o carro nos parques pois, para mim, todos os lugares me parecem estreitos e impossíveis de receber a minha carrinha. Tenho sensores de estacionamento, câmara na retaguarda e o "diabo a sete" mas mesmo assim tenho sempre medo de fazer asneira. Por isso, escolho sempre lugares onde tenha margem de manobra suficiente para estacionar e, posteriormente, conseguir tirar o carro sem fazer grandes asneiras. Hoje, como em todos os outros dias, assim o fiz. Encontrei um sitio perfeito perto da porta de entrada e deixei a "minha menina" descansada e fui fazer o que tinha a fazer.
40 minutos (máximo) passados, regresso ao carro e a "vizinha do lado" (que certamente acordou mal disposta) que estava a retirar o seu carro disse-me num tom altamente arrogante: "Olhe, devia ter mais cuidado a estacionar o carro pois eu tive que entrar pelo outro lado pois não conseguia entrar". Eu olhei para o espaço e vi que era suficiente até para EU entrar mas como sou educada pedi-lhe desculpa e continuei a meter os sacos na mala do carro. E ela continuou: "Até já lhe deixei ali um bilhete porque foi muito egoísta... bla bla bla". Com a história do bilhete comecei a ferver. E ela continuava "porque tive que entrar pelo outro lado e blá blá blá". Eu passei-me, larguei tudo e aproximei-me do carro dela "SIM MINHA SENHORA, JÁ PERCEBI ONDE QUER CHEGAR. PEÇO-LHE IMENSA DESCULPA POR TODO O TRANSTORNO. NÃO SE TRATA DE EGOÍSMO MAS PENSEI QUE CONSEGUIA SAIR. NÃO ESTÁ CENTRADO O CARRO, TENHO PENA E POR ISSO MAIS UMA VEZ PEÇO-LHE DESCULPA. AGORA CHEGA!!!".
Agora vocês estarão a pensar que o carro estava mal estacionado, correcto? Não não estava e mais uma vez digo que até EU entrava no carro. Mas há pessoas assim que gostam de começar o dia a consumir-se. Quanto ao papel que ela escreveu deixo-o aqui como recordação.